Menina
desfigurada começa vida nova de rosto novo!!!Numa fotografia que tirou
aos três anos de idade, Marlie Casseus tem o nariz da mãe, grandes olhos
castanhos e um par de dentes de leite, que se destacam em seu largo
sorriso. Mas quando completou 14 anos de idade, o que via no espelho nem
de longe apresentava qualquer traço de semelhança com esse antigo
retrato, ou com qualquer outra garota de sua idade. Por debaixo da pele
de seu rosto, parecia existir uma bola de basquete. Tudo que restava de
seu nariz, eram dois buracos na pele. E um único dente aparecia abaixo
do que restava de seu lábio superior. Apenas um de seus olhos
funcionava.Em
certa noite do ano passado, diante do espelho na casa de sua família em
Porto Príncipe, Haiti, Marlie fez gestos com uma faca, indicando que
gostaria de cortar fora de seu rosto aquela deformidade. Felizmente,
isso foi realizado por uma equipe de médicos de Miami, através de quatro
cirurgias para extirpar o monstro de quase oito quilos que tomou conta
de seu rosto, substituir o osso e redescobrir sua fisionomia de menina.
Segundo o Dr. Jesus Gomez, cirurgião maxilo-facial que liderou a equipe
que cuidou de Marlie no Holtz Children's Hospital, o tumor que encobriu
sua face começou a crescer quando ela estava com cinco anos. "Ela não
tinha boca, nem nariz", diz ele. Ele disse que o caso de Marlie é uma
rara forma de displasia polióssea fibrosa, uma doença genética
não-hereditária que afeta todos os seus ossos. Felizmente, sem a
severidade com que se manifestou em seu rosto, desfigurando-lhe a face.
A mãe de Marlie, Maleine Antoine, disse que sua filha nunca falou
claramente e que seus dentes permanentes não apareceram, mas que ela não
se preocupou até que a filha completou 8 anos de idade. Foi quando
surgiram duas saliências ao lado de seu nariz. E a menina começou a
reclamar que sua boca e garganta doíam ao se alimentar. Médicos
haitianos não puderam fazer nada. Devido à falta de recursos técnicos no
empobrecido país caribenho, não puderam acompanhar o desenvolvimento da
doença e muito menos tratá-la. Na
escola, www.ijogosonline.blogspot.com Marlie procurava se esconder atrás das paredes e árvores para
evitar que os colegas zombassem de seu estranho rosto. Nos ônibus, a
maioria dos passageiros procurava sentar-se longe dela. Foi assim até
que Marlie desistiu de sair de casa, aos 12 anos, pois já não conseguia
falar. No verão de 2005, o pai de Marli assistiu a uma reportagem sobre
Gina Eugene, uma mulher de Miami que, com a ajuda de sua irmã gêmea,
mantinha uma instituição de caridade para crianças haitianas. Eugene
conta que o pai de Marlie lhe telefonou no dia seguinte e disse apenas
que a garota tinha "uma pequena coisa, crescendo em seu rosto". A
pequena coisa era um tumor de quase oito quilos que obrigava Marlie a
segurar a cabeça com as duas mãos. "Parecia um animal com um corpo
humano, ou uma criança de duas cabeças. Eu não sabia exatamente o que
era aquilo que via", diz Eugene. Com as narinas bloqueadas, Marlie
respirava através do canto esquerdo de sua boca, por onde ainda era
possível a passagem de ar. Para comer, amassava bem a comida, geralmente
polpa de fruta, deitava a cabeça sobre a mesa e enfiava aquela pasta
para dentro com o indicador. Depois era possível vê-la engulir com
dificuldade, através de movimentos que lembrava os de uma jibóia ao
engolir uma presa.
Desde
o ano passado, Marlie submeteu-se a quatro cirurgias, sendo que a
última delas foi realizada em outubro para substituir uma placa de
titânio colocada anterior no lugar de seu maxilar. Outros ossos da face
também foram substituídos. O Dr. Gomez diz que a tal massa facial
provavelmente nunca irá deixar de crescer, por isso Marlie dependerá de
um monitoramente médico por toda a vida. E os médicos dizem que ela
poderá necessitar de novas cirurgias mais estéticas quando parar de
crescer.
Marlie ainda pende sua cabeça para a direita, como se o tumor estivesse
ali, mas já não esconde o rosto por muito tempo. Um tubo branco de
traqueotomia impede-a por enquanto de falar e alimentar-se de comidas
sólidas. Mas logo ela poderá voltar a falar e, aos poucos, sua dieta
liquída será substituída por alimento pastoso, até que, por fim, possa
alimentar-se normalmente. O médico recomendou que ela assobie para
fortalecer a musculatura facial que ela irá precisar para comer e falar.
Enquanto isso, seus programas de tevê favoritos são os que ensinam a
cozinhar. Para ler, Marlie prefere livros de receitas culinárias, que
está juntando numa caixa para levar para casa, assim que tiver alta.
Está feliz, porque poderá voltar à escola e porque, finalmente, poderá
ser igual às outras meninas de sua idade.
Gostou? Compartilhe